RELATÓRIO DO DEPARTAMENTO DE SAÚDE
DEMONSTRA DECLÍNIO DO SETOR
Por força da Lei Federal n.º 8689/93 o Diretor de Saúde de Taubaté, Dr. Pedro Henrique da Silveira, enviou ao Conselho de Saúde – COMUS, relatório preliminar do balanço das ações da área nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2009. Segundo documento da Comissão de Saúde do COMUS, o resultado é preocupante: há decréscimo de atendimento em todos os setores, redução do número de profissionais e omissão de informações em questões cruciais, como a falta de medicamentos.
O relatório assinado pelo Diretor de Saúde demonstra que o declínio do setor sob seu comando é generalizado: nos PAMOS, na Carreta Móvel da Mulher, na Saúde Bucal, no Qualist, nos serviços de urgência e emergência, nos atendimentos em especialidades médicas, etc. Os exemplos mais gritantes estão na área de diagnósticos: o fornecimento dos kits para controle de diabetes caiu, de um trimestre a outro, de 136 para zero; os exames de endoscopia despencaram de 444 atendimentos para zero. A mesa diretora do Conselho ouviu de uma usuária que foi lhe recomendado num PAMO que ela mesma comprasse os kits para diabetes.
Mas não só os atendimentos declinaram: o número de médicos, psicólogos, fisioterapeutas, entre outros, foi reduzido drasticamente. Em alguns setores simplesmente foi zerado o número de fonoaudiólogos, de terapeutas ocupacionais, psicólogos e enfermeiros.
De outro lado, não há sequer menção ou destaque para deficiências graves do setor, como a distribuição de medicamentos ou a demanda reprimida de serviços de diagnósticos e exames preventivos, que podem levar meses para serem agendados. “Não há, também, menção de controle dos medicamentos prescritos e entregues, mas tão somente das receitas aviadas, o que torna impossível o controle da demanda e distribuição de medicamentos”, informa o relatório da Comissão de Saúde do COMUS.
O presidente do COMUS, Joffre Neto, afirma que “a situação é de descalabro. O eficiente trabalho da Comissão de Saúde quantifica os absurdos e fornece uma chave para se compreender o porquê dos serviços de saúde em Taubaté estarem em condições tão precárias”. O diretor Dr. Pedro Henrique foi convidado pelo COMUS para expor pessoalmente o relatório, mas sequer respondeu ao ofício que lhe foi endereçado. “Não há problema: na audiência pública na Câmara o diretor terá que se explicar. Ele é funcionário público e tem o dever legal e moral de explicar os motivos do insucesso de sua gestão”, reafirmou o presidente do COMUS.
Em atendimento à lei, no próximo dia 23 de março, às 19h30, o Diretor de Saúde fará a exposição do relatório enviado ao COMUS em audiência pública na Câmara Municipal.
O que está acontecendo neste município?
ResponderExcluirSerá que a doença da irresponsabilidade do Comandante em Chefe do Poder Municipal está contagiando irresponsáveis subordinados?
Eu gostaria de ser uma mosca só para presenciar quem são os "assessores" dessa infeliz gestão municipal. Nunca antes na história desta comunidade se viu tanta asneira junta.
A coisa está saindo da esfera política e adentrando melancolicamente no campo da falta de educação, da falta de civilidade, da falta de humanidade.
Auguramos que o COMUS mantenha-se firme em seus propósitos e na dinamização de suas competências legais, levando às últimas consequencias os casos de insubordinação ou falta de educação da parte daqueles que não fazem mais do que a obrigação de responder às questões formuladas em instâncias superiores.